sábado, 30 de outubro de 2010

Curso de comunicação cobra implantação de jornal

Alunos e professores de jornalismo da UFRN querem melhorar formação prática.
"Queremos um jornal". Esse é o movimento de alunos e professores de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que envolverá cerca de 921 alunos ativos, na vivência prática diária de um jornal-laboratorial, com suporte técnico de uma redação de grande porte. O jornal universitário prevê a circulação gratuita de 12 mil exemplares por semana, destinados à população de Natal, e ainda qualificará os futuros jornalista, radialistas e publicitários da UFRN.

O apoio ao projeto já foi declarado pelas candidatas das duas chapas que concorrem ao cargo de Reitoria da UFRN, Ângela Maria Paiva e Arlete Duarte, na útima quinta-feira, 28, após um debate promovido pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Adurn). Porém os estudantes realizarão um protesto pacífico, na próxima quarta-feira, 3, em frente à Reitoria, justamente para pressionar um termo de compromisso com as candidatas além de chamar atenção para a proposta do atual Reitor Ivanildo Rêgo.


Estudantes e docentes da graduação exigem compromisso das chapas candidatas à reitoria Foto: Ana Amaral/DN/D.A.Press
De acordo com o professor da disciplina de jornalismo impresso da UFRN, Emanoel Barreto, o projeto com o qual ele colabora sugere um suporte físico de 30 computadores, três veículos, celulares de telefones fixos, parque gráfico, além de câmeras fotográficas e gravadores. "Assim como temos laboratórios de televisão e rádio na Universidade, precisamos do laboratório impresso. Com muito esforço, o que a minha disciplina permite hoje é apresentar as capas de jornal locais, nacionais e internacionais e depois pedir a produção de notícias, artigos e editoriais dos alunos, como avaliação. Nós temos que qualificá-los, estimulando-os para a reflexão do jornalismo perante a sociedade, além de facilitar a visão de mundo dos estudantes. É função da reitoria um projeto institucional que garanta a qualidade na educação", propõe o professor.

Ele afirma ainda que o projeto é importante para que os alunos possam ter um direcionamento ético sobre denúncias de corrupção e qual deve ser o enquadramento dado pelo jornalista. "Vamos fazer uma efetivação prática da disciplina, aprendendo como fazer um jornal. Os estudantes de comunicação teriam uma noção sobre reinvidicações sociais, seja na política ou na área econômica, sem a preocupação com lógica mercadológica, pois estaríamos construindo um jornal com verbas federais para atender a população", sugere Emanoel Barreto.

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