terça-feira, 26 de abril de 2011

Emparn divulga dados sobre o acumulado das chuvas nos municípios do RN

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) passou a oferecer mais um serviço de grande importância, sobretudo para os produtores rurais. São as informações das chuvas acumuladas por posto pluviométrico, com as precipitações diárias em todos os municípios e o total das chuvas. Esses dados poderão ser acessados pela internet no site da EMPARN (www.emparn.rn.gov.br), na página do setor de meteorologia.

Segundo o gerente do Setor de Meteorologia da EMPARN, Gilmar Bristot, a página é enriquecida com um gráfico indicando, por meio de cores, o acumulado das chuvas no mês e no ano. Neste inverno, na região semiárida, o município com o maior volume de chuvas é São Vicente, na região do Seridó, com 761 milímetros, considerado acima da média. Nas regiões Litoral/Agreste, o maior volume acumulado é em Georgino Avelino, com 881 milímetros. Esse produto estatístico foi desenvolvido pelo Dr. Josemir Neves, integrante da equipe de meteorologia da EMPARN.

Previsão

A V Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste do Brasil 2011, realizada na última quarta-feira, em Maceió, teve a participação de dois meteorologistas da EMPARN. Os meteorologistas da região fizeram a previsão das chuvas para o período de maio a julho de 2011. Segundo os especialistas, “as chuvas sobre o setor leste do Nordeste deverão ficar acima da média, durante o período de maio a julho de 2011”.

Os meteorologistas alertam para a necessidade de “observar a característica de alta variabilidade especial e temporal com que se comportam as chuvas sobre o Nordeste, sendo de fundamental importância o monitoramento contínuo das condições atmosféricas sobre a região e as condições oceânicas atmosféricas globais”.

Acidente com ônibus em Caicó deixa dois feridos gravemente

Um ônibus da viação Jardinense que seguia em direção a Natal derrapou e tombou na rodovia federal BR 427, à altura da comunidade Barra da Espingarda, município de Caicó, deixando pelo menos 11 pessoas feridas. O acidente ocorreu por volta das 15h30. Os feridos foram levados para o hospital regional daquele município. Não houve passageiros mortos.
Blog do Cardoso SilvaÔnibus apresentava pneus desgastados e tombou próximo à comunidade Barra da EspingardaÔnibus apresentava pneus desgastados e tombou próximo à comunidade Barra da Espingarda

Um rapaz ficou preso sob o ônibus e pessoas no local tiveram aceso à vítima. Segundo relatos de moradores da região e de equipes de reportagem no local, o rapaz gritava pedindo socorro e foi deslocado para o Hospital Regional.

Moradores de Caicó, polícia e Corpo de Bombeiros trabalharam no socorro às vítimas. O motorista do ônibus, na versão dos passageiros, derrapou na pista e tentou controlar o veículo. Em um trecho do asfalto parcialmente encoberto por barro e areia, o motorista perdeu o controle e o veículo tombou, no momento em que chovia fraco. O ônibus, que seguia de Jardim do Seridó para Caicó, transportava 35 pessoas e não chegou a interromper o trânsito. No entanto, várias pessoas precisaram ser levadas para o hospital.
Reprodução/GoogleMapsÔnibus seguia pela BR-427 de Jardim do Seridó para Caicó, quando motorista perdeu controle e houve o acidenteÔnibus seguia pela BR-427 de Jardim do Seridó para Caicó, quando motorista perdeu controle e houve o acidente

De acordo com informações da Rádio Seridó, um senhor identificado como José Cunha de Azevedo, de 64 anos, deu entrada no Hospital Regional com o braço esquerdo praticamente esmagado. Sua mulher, Maria da Conceição de Azevedo, de 64 anos, também estava no veículo e sofreu escoreações, além de uma queimadura no tórax.

Oito médicos, além de enfermeiros e técnicos de enfermagem, prestaram o atendimento ás vítimas. De acordo com informações do local, pessoas deram entrada no Hospital Regional com pancadas, escoriações e cortes profundos. Contudo, duas pessoas chegaram em situação mais grave, devendo passar por cirurgias.

A Polícia Rodoviária Federal encaminhou viatura para organizar o trânsito no local e isolar a área do acidente.

Empresa

A empresa Jardinense, através do departamento de tráfego, informou que não há informações sobre quantas pessoas estão feridas. A empresa também não soube informar, até o momento, a causa do acidente.

Grupo Ciência no Futebol realiza minicurso na UFRN

O Grupo Ciência no Futebol da Universidade Federal do Rio Grande do Norte realiza no dia 11 de maio o segundo minicurso de uma série de 40, com o tema “Periodização de treino em futebol Sub-17”. O evento terá início às 7h, no Departamento de Educação Física da UFRN.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 8 de maio pelo site www.ufrnnacopa.ufrn.br. São convidados todos profissionais que atuam em futebol e interessados que trabalham com escolinhas e futebol escolar ou comunitário.

Os minicursos fazem parte de uma ação do projeto de extensão universitária "UFRN na Copa" para qualificar os esportistas potiguares durante 40 meses, sempre no dia 11, até a Copa 2014. O projeto se baseia nos estudos do grupo Ciência do Futebol, formado por profissionais desde 2002, no Departamento de Educação Física da UFRN. O primeiro minicurso aconteceu no dia 11 de abril e abordou o tema “Planejamento em Futebol”. Mais informações no site www.ufrnnacopa.ufrn.br.

domingo, 24 de abril de 2011

BR-226 continua interditada por causa da chuva

Danificada pela chuva do último dia 21 de abril, a BR 226 continua interditada aos motoristas. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Km  205 da rodovia, na cidade de São Vicente, ainda não foi recuperado pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER).

As chuvas caídas no Seridó durante os últimos dias, provocaram estragos na pista, que teve parte de sua estrutura rompida, impedindo o tráfego de veículos no local. Esta foi a segunda vez que o excesso de chuva foi responsável por estragos no local. Os primeiros danos na BR 226 foram registrados há cerca de dois meses, no trecho entre os municípios de Florânia e Jucurutu.

O fato que ocasionou o problema foi o arrombamento de um açude na Fazenda Miguel da Rocha, de propriedade do ex-prefeito Irani Araújo (PR), em São Vicente. O secretário de Transporte de São Vicente, Nabor Medeiros informou que três bueiras da BR 226 estão ameaçadas e precisando urgentemente de manutenção, já que a força das águas ultrapassou o asfalto, deixando a pista com muita lama.

A Polícia Rodoviária Federal está monitorando a situação e orientando o trânsito. A sugestão àqueles que se dirigem às cidades que ficam após o ponto de interdição devem seguir pela rodovia estadual que passa por Cruzeta,  seguindo até Caicó, e de lá utilizar a RN-118 até Jucurutu.

Sangria dos açudes: entre a expectativa e a desesperança

As nuvens escuras que cobriram os céus do sertão potiguar nas últimas semanas e que resultaram em boas chuvas por todo o Rio Grande do Norte ainda não apagaram as dúvidas de quem espera um espetáculo à parte, no período chuvoso: as sangrias dos açudes. Embora alguns reservatórios do estado já tenham ultrapassado sua cota máxima, em outros o nível da água ainda está longe de alcançar a altura dos sangradouros e restam dúvidas se isso ocorrerá.

A equipe da TRIBUNA DO NORTE percorreu na última semana três dos principais reservatórios potiguares, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu; o açude Itans, em Caicó; e o Gargalheiras, em Acari; e ouviu relatos de expectativa em relação às sangrias, mas também de pessimismo, em um meio termo entre as cheias destruidoras de 2008 e 2009 e a seca que reinou em 2010.

Funcionário de um hotel próximo ao Gargalheiras, Manuel Rosendo Neto avalia que a sangria já deveria ter ocorrido e, a essa altura do ano, não acredita mais nessa possibilidade. “Pelo que conheço, acho que em 2011 não vai sangrar mais, não”, resume. Nascido e criado em Acari e com 28 anos de idade, ele lembra que as últimas sangrias ocorreram logo no início de abril. “Geralmente é no início do mês, em 2008 foi no dia 1º e em 2009 no dia 11”, recorda. Na verdade, em 2008 a sangria se iniciou ainda em 31 de março e foi a primeira registrada desde 2004.
adriano abreuLâmina d’água do açude Gargalheira ainda esta abaixo do limiteLâmina d’água do açude Gargalheira ainda esta abaixo do limite
 
Trabalhando há oito anos no hotel, ele revela que o fluxo de visitantes triplica quando há a sangria. No último final de semana, sete dos 11 quartos do local se encontravam ocupados. Se o açude estivesse despejando água sobre o sangradouro, a expectativa é que houvesse fila de espera para poder acompanhar o espetáculo do “véu de noiva” formado pela cascata descendo pela parede do reservatório.

“Quando começou a chover o pessoal ainda ligou, para saber se estava para sangrar, mas quando souberam que não, nem vieram”, lamentou, lembrando que o Dourado, último açude antes de chegar ao Gargalheiras, não havia sangrado até uma semana atrás e que o próprio nível do reservatório de Acari ainda se encontrava a mais de 2,5 metros da capacidade total, no último domingo.

O pescador e vendedor ambulante Milton Gregório da Silva também lamentou o baixo movimento nessa época do ano. Segundo ele, a presença de visitantes no Gargalheiras seria bem maior se já tivesse ocorrido a sangria, como ocorreu em 2009, ano no qual “Miltão”, como é mais conhecido, começou a trabalhar com um carrinho de bebidas e lanches à margem do reservatório. “Até agora pouca gente está vindo”, observa.

O pescador destaca ainda que o volume de peixes em 2011 está abaixo do esperado. Apesar de o açude apresentar problemas visíveis de poluição da água, gerados devido à falta de saneamento em municípios próximos, “Miltão” não culpa a sujeira pela redução no número de peixes. “Tá difícil pra pesca, mas acho que não é isso (a poluição), não. Peixe é ano. Tem ano que é bom, tem ano que não é”, define.

Assu e Caicó mantêm a esperança

A informação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), de meados da semana, dava conta que a barragem Armando Ribeiro Gonçalves estava com 87% de seu volume ocupado e ainda faltava 1,6 metro para a sangria, medida que pode parecer pequena, mas que ainda representa um volume imenso de água. O reservatório comporta 2,4 bilhões de m3, que faz dele o maior do Rio Grande do Norte.

No entanto, em pleno domingo, 10h da manhã, nenhuma das mesas do restaurante ao lado da parede da barragem estava ocupada por clientes e poucas pessoas se dispunham a ir conhecer o sangradouro. No momento da passagem da equipe da TN, apenas a família de João Maria Bezerra se encontrava no local.

O autônomo, que mora em Natal, reconheceu um “pingo de frustração” por não encontrar o reservatório sangrando. Nas cheias de 2008 e 2009, o reservatório chegou a registrar uma sangria com mais de 4 metros de lâmina d’água, em um espetáculo que encheu de beleza os olhos dos turistas e de temor os moradores das áreas próximas, vítimas das inundações que destruíram casas e plantações no Vale do Açu.

Este ano, porém, o momento ainda é de expectativa. Dainara Cristina Barbosa, que trabalha no restaurante vizinho à barragem, diz acreditar que a sangria possa ocorrer nas próximas semanas. “Está chovendo desde o começo do mês e o movimento daqui só melhora mesmo quando sangra. Ouvi falar que falta pouco mais de um metro, então acho que vai sangrar ainda”, torce a jovem, sem esconder que a demora vem realmente frustrando muitos dos turistas.
Em 2008, a sangria ocorreu ainda no final de março, no dia 27, enquanto em 2009 o volume d’água ultrapassou a capacidade do reservatório no dia 18 de abril.

Caicó

Morando ao lado do açude Itans há 21 anos, o trabalhador rural Lourival Francisco de França mantém o otimismo. “Ora, (o Itans) ainda vai sangrar, sim. Naqueles anos que choveu muito já tinha sangrado a essa altura do ano, mas teve ano de só sangrar no mês de maio, no final do mês, então ainda tem tempo de ter uma sangria”, avalia.

Segundo ele, a sangria é a grande alegria dos caicoenses e dos turistas que vêm à cidade ver o espetáculo das águas. “Vige! A parede aí fica estreita para tanto povo, quando está sangrando”, resume. Até a medição do dia 18 de abril, o Itans alcançava pouco mais de metade de sua capacidade, exatos 51% dos 81 milhões de m3. Em 2008 a sangria ocorreu no dia 3 deste mês, enquanto em 2009 só veio no dia 29 de abril.

Agricultores ainda aguardam chuvas no Seridó

A expectativa quanto às sangrias dos açudes é semelhante às dos agricultores com relação à safra deste ano. O subcoordenador de Agropecuária da Secretaria Estadual de Agricultura, Valdir Araújo de Souza, afirma que é cedo para garantir se haverá uma boa colheita, ou se as plantações do estado ainda podem ser afetadas pela irregularidade do inverno. “Acredito que dentro de uns 15 dias é que podemos ter um cenário mais claro, hoje é precipitado prever algo.”

De qualquer forma, ele lembra que as sementes já foram distribuídas pela secretaria, nas regiões onde os bancos de sementes (mais de 900 em todo o território potiguar) não conseguiram produção suficiente para garantir o volume necessário este ano.
Ele revela que em regiões como a do Alto Oeste, na “tromba do elefante”, as chuvas vêm garantindo otimismo para a safra de 2011, o que vem se refletindo em boas perspectivas para o restante do Rio Grande do Norte. “Vamos aguardar, mas a expectativa é boa”, conclui.

Monitoramento realizado pela Semarh é mensal

A maioria dos dados da Semarh ainda dizem respeito a informações coletadas em março. De acordo com a coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos da secretaria, Joana D’arc Freire de Medeiros, o monitoramento ainda é feito apenas mensalmente, devido à limitação de pessoal e de estrutura da secretaria. O próximo levantamento geral deve ocorrer na primeira semana de maio.
Ela afirma que já vem sendo trabalhada a compra de novos equipamentos, que permitirão o monitoramento diário dos reservatórios, mas enquanto isso não ocorre, a Semarh trabalha com informações obtidas em campo pelas equipes, ou que chegam através de contatos no interior. “Na sexta-feira (18) o que soubemos é que na Armando Ribeiro estava com 87% da capacidade e ainda faltava 1,6 metro, apesar de quê ela toma muito volume de água de uma vez só”, destacou.

Já o açude de Cruzeta estava, segundo as informações da Semarh referentes a 18 de abril, próximo da sangria, que poderia acontecer a qualquer momento devido às últimas chuvas.

Pesca do rn vive crise e vai esperar mais por terminal

O setor pesqueiro, que emprega mais de 40 mil pessoas no Rio Grande do Norte, entre pesca artesanal e industrial, enfrenta dificuldades. Nos últimos cinco anos, indústrias fecharam, tirando o emprego de, pelo menos, 2 mil pessoas, só na Ribeira. E o Terminal Pesqueiro de Natal, que poderia dinamizar a atividade, ainda vai demorar para ajudá-la a caminhar em novo ritmo. Com previsão de conclusão este mês, o terminal teve a conclusão adiada e, segundo o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Betinho Rosado, só deverá ficar pronto em agosto. Pendências na estrutura provocaram o atraso.

Alguns ajustes terão de ser feitos até que o terminal fique pronto. Segundo Betinho, falta  ampliar a fábrica de gelo, construir novas caixas d’água e comprar equipamentos para transportar  o pescado, ações que, segundo ele, não estavam previstas no projeto inicial, mas que vão garantir o pleno funcionamento do terminal.

Enquanto o empreendimento não fica pronto, empresários do setor pesqueiro amargam prejuízos com a queda na exportação e no faturamento. Em 2009, o Rio Grande do Norte, que está entre os três maiores exportadores de pescado no Brasil,  exportou 28,7 milhões de quilos. O número caiu para 17,1 milhões, em 2010, representando uma redução de 40,4%. O RN já foi o maior exportador de pescado do País e chegou a exportar até 102,7 milhões, em 2004. As exportações tem caído desde então. A desvalorização do dólar, reflexo da crise mundial financeira, e o consequente ‘empobrecimento’ dos principais mercados consumidores, impulsionaram a queda. Despesas, pagas em real, subiram, e o faturamento, em dólar, caiu.

O Terminal Pesqueiro poderia ajudar a dinamizar o setor. Para realizar as adequações no projeto, o estado pediu um aditivo de R$3,5 milhões ao Ministério da Pesca. O projeto inicial, segundo Betinho, já previa a construção de uma  fábrica de gelo. No entanto, os técnicos afirmaram que seria necessário ampliar a estrutura. A secretária estadual de Infraestrutura, Kátia Pinto diz que está analisando a disponibilidade orçamentária do estado.

Mesmo após concluído, segundo Betinho Rosado, o terminal funcionará de forma precária até a construção de um viaduto, que o ligará até a avenida do Contorno, por onde será escoada a produção. “Não sei em quanto tempo o viaduto fica pronto. Acredito que em um ano”, calcula. Mas o viaduto ainda não foi licitado.  “Nem tem prazo”, reconhece o secretário.  Para viabilizar o escoamento da produção, a bancada federal potiguar propôs uma emenda de R$18 milhões.  “Estamos aguardando a resposta do Ministério da Pesca, que ainda não se posicionou”, afirma.

A secretaria deve procurar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nos próximos dias para negociar uma alternativa. A ideia é liberar o tráfego de caminhões pela Ribeira enquanto o viaduto não é construído. O trânsito seria disciplinado e o limite de peso, controlado.

A obra está paralisada há dez dias. “Aguardamos a aprovação dos R$18 milhões e o parecer técnico do Iphan, que analisa o provável impacto causado pelo frequente tráfego de carretas no entorno do terminal”, explica José Simplício, djunto da Sape. Enilson Santos, professor do Departamento de Engenharia Civil da UFRN e Doutor em Engenharia de Transportes, questiona a escolha da localização. “O problema central com respeito ao escoamento reside, a meu ver, na decisão locacional. Até quando acompanhei as discussões sobre esse tema, havia a possibilidade de situar o Terminal na margem esquerda do Potengi, na área um pouco a montante da Redinha. Não tenho informações sobre porque esta idéia da margem esquerda foi abandonada, definindo-se por uma localização que me parece menos afortunada”, afirma.

Escoamento pela Ribeira depende de parecer

 As duas propostas apresentadas pelo governo para escoar a produção do Terminal Pesqueiro enquanto o viaduto não fica pronto não foram bem recebidas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do RN (Sintfern), pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para o Sindicato, o tráfego de carretas e caminhões pela área operacional da CBTU pode provocar acidentes. Para o Iphan, o tráfego pela Ribeira, principalmente pela Rua Chile, pode provocar sérios danos ao Patrimônio Histórico. CBTU e Iphan solicitaram o projeto final ao governo. Com base nele, elaborarão um parecer técnico dizendo se é possível liberar o tráfego.

Segundo Marcos Viana, presidente do Sintfern, uma locomotiva descarrilhou durante as obras do Terminal. O tráfego de carretas pelo local, na avaliação dele, teria aumentado a distância entre os trilhos e provocado o acidente. A cessão temporária de parte da área da CBTU precisa ser autorizada pela administração central da Companhia, no Rio de Janeiro. Segundo Erli Bastos, superintendente da CBTU/RN, até o momento não houve nenhuma solicitação formal do estado quanto  a cessão da área. “Podemos analisar a proposta, mas a solução definitiva seria o viaduto”.

Segundo o Iphan, o governo já começou errando. “A obra começou sem nossa autorização”, afirma Murilo Cunha, arquiteto e urbanista do instituto. Antes de iniciar a obra, localizada numa área que foi densamente ocupada por indígenas na época dos holandeses, o governo deveria ter avaliado o impacto causado ao patrimônio histórico e arqueológico. Segundo Murilo Cunha, para atestar a viabilidade do tráfego de caminhões pela Ribeira, é necessário um estudo complementar. O Iphan também precisa aprovar o projeto do viaduto.

Setor “se vira”, em cenário de dificuldades

“Tudo está conspirando contra a pesca oceânica”. Quando pronunciou esta frase, Agerson Barbosa, gerente de Logística da Pesqueira Nacional, uma das maiores exportadores de pescado no RN, ainda não sabia que a conclusão do Terminal Pesqueiro de Natal, considerado por ele alento para o setor, havia sido adiada mais uma vez. Atualmente, todo o pescado é descarregado em cais privados. De lá, segue para mercados consumidores, dentro e fora do País. O cais só permite o descarregamento de duas embarcações por vez, o que aumenta o tempo de espera e onera ainda mais o setor. Com a conclusão do terminal, o tempo de espera diminuiria e o prejuízo, também. O dinheiro desperdiçado com os problemas de logística poderia ser reinvestido.

A média de pescado capturado pela Pesqueira Nacional caiu de 300 toneladas/mês para 174 toneladas nos últimos cinco anos. Situação que se repete na maioria das empresas. Em contrapartida, os custos tem aumentado. Segundo Agerson, o custo do óleo diesel subiu quase 60% nos últimos dois meses. “Todos estes fatores tem tornado a pesca oceânica inviável”. Para Antônio-Alberto Cortês, ex-subsecretário estadual de Agricultura e Pesca, o terminal pesqueiro, quando concluído e operacionalizado, poderá dinamizar o setor.

Mas, segundo Arimar Filho, diretor da Produmar, que exporta 250 toneladas de pescado por mês, é preciso mais que construir um terminal maior. “É necessário criar uma política de incentivo ao setor, reduzindo os impostos, facilitando a aquisição de equipamentos e embarcações e treinando pessoal. Não adianta só fazer obra.  Se não  houver incentivo, o estado vai continuar exportando apenas matéria-prima”.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Prefeitura de Acari recebeu primeira parcela do FPM de abril

A Prefeitura Municipal de Acari recebeu nesta sexta-feira (08) o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao mês de abril. O valor total foi de R$ 231.123,05 (duzentos e trinta e um mil, cento e vinte e três reais e cinco centavos).

(Clique na imagem abaixo para ampliar a visualização)

Mais recursos

Além dos recursos advindos do FPM, a prefeitura recebeu também:

>> Repasse de ICMS estadual, na última terça-feira (05), cujo valor total foi de R$ 17.745,92 (dezessete mil, setecentos e quarenta e cinco reais e noventa e dois centavos);

>> Repasses do FUS - Fundo Único de Saúde, na última terça-feira (05) e hoje (08). Os valores foram
R$ 4.095,21 (quatro mil, noventa e cinco reais e vinte e um centavos) e R$ 54.171,80 (cinquenta e quatro mil, cento e setenta e um reais e oitenta centavos), respectivamente.

>> Repasses do FUNDEB, nos dias 05 e 06 e 08 do corrente mês. Os valores foram
R$ 4.471,69 (quatro mil, quatrocentos e setenta e um reais e sessenta e nove centavos), R$ 15.590,11 (quinze mil, quinhentos e noventa reais e onze centavos) e R$ 69.473,36 (sessenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e trinta e seis centavos), respectivamente.

Para conferir o detalhamento completo de todos os recursos transferidos para o município de Acari até a presente data (08) do mês de abril, clique na imagem abaixo para fazer o download do documento:

Acesso a escolas não é controlado

rodrigo senaEstudante Micaellen Silva diz ter medo de sair de farda pelas ruasEstudante Micaellen Silva diz ter medo de sair de farda pelas ruas



A chacina na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, não só comove e choca, como também suscita em pais de estudantes o questionamento sobre a segurança em escolas em todo país. Para verificar o grau de acesso, a TRIBUNA DO NORTE percorreu, na tarde de ontem, instituições de ensino  das redes pública e privada. Mesmo descaracterizada e questionando apenas onde ficava a direção, a equipe de reportagem não encontrou qualquer resistência em adentrar e circular nas dependências das escolas -  Municipal João XXII, no Alecrim, Colégio Estadual Atheneu, em Petrópolis, Instituto Federal do Rio Grande do Norte, em Lagoa Nova, e o Colégio Salesiano, na Ribeira – escolhidas de modo aleatório.
Na escola João XXII, no Alecrim, o diretor Alexsandro Estelito de Souza justificou a falha da portaria em não questionar quem e o quê desejavam os visitantes, com o critério da aparência e também por o porteiro ser novato. “Não há qualificação técnica para os vigias de escolas. Em geral, são servidores que estão no quadro há bastante tempo, aguardando se aposentar”, ressalta  Alexandro Souza. Sem a entrega do fardamento, ressalta a coordenadora pedagógica Aparecida Regalado, é difícil identificar quem são os alunos. O portão geralmente fica destravado, apesar da área ser considerada de risco.

Apesar do sistema de segurança eletrônica e humana no IFRN, se identificar para passar pela catraca - como pede a placa fixada  à entrada – não foi exigido pelos funcionários. “Existem falhas no acesso, mas temos um forte sistema de monitoramento das dependências”, rebateu o diretor administrativo João Maria da Silva. Doze seguranças do quadro, além de terceirizados e circuito fechado de TV vigiam o espaço. A central, por sua vez, funciona junto com a distribuição das chaves da entidade, comprometendo a observação contínua das telas. “Estamos de mudança para uma nova sala”, adiantou.

A estudante do 1º ano de edificações, Tatiana Regalado, 14 anos, não se sente totalmente segura, mas garante que nos blocos de aula e laboratórios o acesso é restrito aos alunos e funcionários.

No Atheneu, os portões estavam abertos e mais uma vez, não houve, qualquer intervenção no sentido de impedir a entrada. “Há uma certa vulnerabilidade”, admite o vice-diretor Bartolomeu Silva Carneiro, que garante não haver a violência de anos anteriores.  A presença de policiais da ronda escolar da PM garantia a  tranquilidade. O serviço é rotineiro e acionado em casos de anormalidades dentro ou no entorno do colégio.

Vigias e porteiros terceirizados – que não quiseram se identificar - contam não receber treinamento da empresa e desconhecem a abordagem correta. Para a estudante Micaellen Silva, 17, o risco está em ir à rua fardada.

O acesso livre ao Salesiano, apesar de segurança à porta, foi classificado pelo coordenador Mário Sérgio de Oliveira como “atípico”. Em geral, explica o coordenador, visitantes são identificados na portaria, onde deixam documentos que são devolvidos somente à saída. “A partir das 17h os portões ficam abertos para facilitar a saída”. A escola dispõe de 32 câmeras, além de serviço de segurança humana para cuidar dos 1.800 alunos.

O secretário municipal de educação Walter Fonseca informou que a guarda municipal e profissionais terceirizados garantem a integridade em escolas de Natal. “A escola é um território livre, um templo”. A SME aguarda o levantamento de pessoal de 134 escolas e Cmeis para iniciar a contratação de pessoal que contempla também seguranças.

Na rede estadual, esclarece o subsecretário José Salim, 100 escolas possuem sistema eletrônico, das quais 15 em Natal, além de 82 vigilantes armados por meio de contrato com empresa terceirizada. “A ampliação da rede de segurança está em avaliação no nosso planejamento, dependendo de questões orçamentárias”, afirma.

Banco Santander remete à Justiça informação sobre Adenúbio Melo e Dickson Nasser

Já está com o Juiz Raimundo Carlyle, da 4ª Vara Criminal, as informações bancárias enviadas pelo Santander sobre as possíveis contas bancárias dos vereadores Adenúbio Melo (PSB) e Dickson Nasser (PSB), ambos réus no processo da Operação Impacto.
O ofício ao magistrado foi remetido pela direção do banco e informa que os dois parlamentares não possuem contas poupanças na instituição. Segundo o Santander, Nasser e Melo têm apenas contas correntes, cujas informações já haviam sido remetidas para a Justiça.
Com o ofício do Santander, o juiz Raimundo Carlyle remetererá o processo para vistas ao Ministério Público estadual.