sábado, 9 de julho de 2011

Campanha começa com atraso no RN

A campanha do desarmamento, que já foi lançada em praticamente todos os estados do país há dois meses, só será iniciada no Rio Grande do Norte no final do mês de agosto, nas cidades de Natal e Mossoró. A previsão foi dada ontem Marcos Dionísio,  representantes da ONG Viva Rio - organiza mobilização no RN. Enquanto isso, o Ministério da Justiça divulgou durante a semana um balanço parcial da coleta nos estados que já iniciaram a campanha há dois meses.

O objetivo do Ministério da Justiça era chamar atenção para a problemática do porte de armas de fogo com a tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, onde  doze crianças acabaram baleadas e mortas. Problemas estruturais e de logísticas atrapalharam a execução da campanha no estado. O secretário adjunto de segurança pública, Silva Júnior, tem uma interpretação diferente quanto à demora no início da coleta. "Não houve atraso porque a campanha será contínua", argumentou.

Segundo ele, os contatos com a Polícia Federal, destino final do armamento coletado, já foram feitos e o recebimento está garantido. "O convênio com a PF foi firmado para receber as armas ao final da campanha. Estamos nos preparando para uma campanha com mais qualidade, dada a capilaridade dos postos de recebimento", declarou Silva Júnior.

O organizador da coleta e estudioso em direitos humanos, Marcos Dionísio, chama atenção para as novidades da campanha. "Quase 10 mil armas já foram entregues no Brasil no começo da campanha. A gente acredita que haverá um upgrade com a abertura de postos de coleta civis", afirmou.

Diferentemente de outras coletas que só ocorriam em estabelecimentos policiais, dessa vez igrejas e demais instituições podem sediar o recebimento das armas e incentivar a entrega voluntária. "Em Natal, já sabemos que a sede da OAB e algumas igrejas irão receber as armas. Está sendo estudada a implantação de um posto na UFRN", disse Dionísio.

O estudioso chama atenção para mais benefícios da campanha do desarmamento. "É uma campanha que recolhe armas e também tenta esclarecer e educar a população sobre o estatuto do desarmamento".

A Viva Rio é a ONG que auxiliou a CPI do Tráfico de Armas, instalada em 2006 na Câmara dos Deputados, e divulgou estudos sobre o tema, em parceria com o Ministério da Justiça.

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