domingo, 25 de abril de 2010

No Rio, Dilma reafirma apoio a Cabral sem descartar 'outros palanques'

      A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, participou neste domingo (25) do encontro estadual do partido na quadra da Portela, em Osvaldo Cruz, subúrbio do Rio de Janeiro. Dilma chegou acompanhada do governador Sérgio Cabral (PMDB), do prefeito Eduardo Paes e do pré-candidato ao senado pelo PT Lindberg Farias, além de ex-ministros e do presidente do PT, José Eduardo Dutra.

      Dilma respondeu a perguntas da imprensa antes da cerimônia. A ex-ministra-chefe da Casa Civil afirmou que Sérgio Cabral é o candidato a governador do Rio que será apoiado pelo partido, mas não descartou apoio ao pré-candidato do PR, Anthony Garotinho.

      “No que se refere a outros palanques, a coordenação da minha campanha e todos os partidos da base aliada vão decidir as condições, se vai haver ou não outros palanques. Mas hoje, o Sérgio Cabral é a pessoa, é o governador que nós vamos, que o Partido dos Trabalhadores do Rio de Janeiro vai apoiar”, afirmou. Ela ainda completou: “assim que se caracterizar as coligações que nós falamos, vai haver uma reunião entre todos e uma decisão a respeito”, disse ela, ao lado de Sérgio Cabral.

Tragédia das chuvas

      Durante o congresso, José Eduardo Dutra lembrou a tragédia que o Rio de Janeiro passou durante o mês de abril, causada pela chuva no estado. E aproveitou para provocar os adversários políticos, dizendo que para a oposiçãos a culpa da tragédia no Rio era “do Lula, do Sérgio Cabral e do Eduardo Paes”. Ele completou dizendo que, para os adversários, a culpa dos estragos da chuva em São Paulo era do “Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Segundo ele, houve uma “tentativa de politizar a tragédia” no Rio.

    O pré-candidato a senador Lindberg Faria falou em seguida. Ele admitiu que gostaria de ter se candidatado a governador do Rio, mas que, a partir de então, iria apoiar a candidatura do governador Sérgio Cabral.

     Quem assumiu o microfone em seguida foi Cabral. O governador entoou uma paródia da música “Deixa a vida me levar”, de Zeca Pagodinho, trocando a palavra "vida", pelo nome "Dilma", sendo acompanhado pela bateria da Portela.

Dilma fala de Lula, FMI e pobreza

     Dilma discursou em seguida. A pré-candidata citou o presidente Lula diversas vezes. Em uma delas, disse: "Diziam que o presidente Lula não saberia governar porque ele não tinha um diploma universitário. Diziam com desprezo, 'o presidente nem tem diploma universitário'. O que eles nunca entenderam é que o presidente Lula tem diploma de Brasil, o presidente Lula tem pós-graduação em democracia, é doutor em desenvolvimento econômico e social e sobretudo, é o presidente que mais investiu em educação.”

      Em pouco mais de vinte minutos de discurso, Dilma disse também: "Nós achamos que é possível que nessa década que começa em 2011, o Brasil elimine a pobreza. Os primeiros passos o governo Lula deu, quando garantiu que milhões de brasileiros saíssem da pobreza e outros tantos fossem pra classe média. Nós descobrimos o modelo correto de desenvolvimento do país, que é crescimento com as pessoas podendo subir na vida. Subir na vida era coisa que estava proibida para os brasileiros e brasileiras. Tinham acabado com a visão de futuro do povo brasileiro".

     E aproveitou para falar sobre o FMI e sobre privatizações: “Diziam: ‘olha vocês brasileiros estão condenados a serem subservientes ao Fundo Monetário'. Nós mostramos que é possível pagar a dívida externa erguer a cabeça, juntar 243 milhões de dólares e ser respeitado no mundo inteiro. Hoje nós somos credores, nós não somos mais devedores. Nós mostramos que empresas estatais valorizadas são capazes de contribuir pro crescimento do Brasil. Quando veio a crise, só o Banco do Brasil investiu. E interessante que, ao investir na crise, foi o que mais lucrou”.

Fonte: G1.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário