
O motivo da cautela é que o PMDB também aprovou ontem a formação de uma aliança com o PT. Mas isso não significa que os partidos estejam unidos em todos os Estados da federação. Em Minas, no Pará, na Bahia, no Maranhão e no Ceará dois candidatos - um do PT e outro do PMDB - cobiçam a indicação para governador ou senador e esperam a desistência do outro para conseguir uma campanha única apoiada por ambas as legendas. “Estamos com toda a cautela nessa questão, vamos unir o PMDB para levar a uma campanha naturalmente vitoriosa”, disse Temer.
Temer disse acreditar que todas as divergências entre PT e PMDB nos Estados serão resolvidas a tempo, para que os partidos caminhem para uma campanha “naturalmente vitoriosa”. A Convenção Nacional do PMDB, que oficializará a indicação de Temer como candidato a vice, está marcada para os dias 12 de junho. O PMDB espera que em Minas Gerais, por exemplo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel renuncie à candidatura ao governo estadual para apoiar o senador Hélio Costa, do PMDB.
“A questão de Minas vai ser solucionada no dia 6 de junho. Eu ouço muita história, muita notícia, mas ontem ainda o presidente do PT, José Eduardo Dutra, me afirmava, assim como o candidato Hélio Costa, que no dia 6 terá solução. Não houve modificação nenhuma de nada”, confirmou Temer.
Michel Temer disse também que pretende se empenhar na campanha, mas que aliará os compromissos eleitorais com a presidência da Câmara dos Deputados, que ocupa desde o ano passado. “Vou começar algumas viagens agora, mas claro que a intensificação dessas viagens se dará após a aliança formalmente estabelecida no dia 12 de junho”, disse. “Serei um vice nos limites da Constituição. Quando ocupo um cargo eu cumpro a tarefa constitucional. Serei extremamente discreto, como convém a um vice”.
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