quarta-feira, 26 de maio de 2010

Polícia fecha laboratório de produção de crack

Policiais militares do 3º Batalhão da PM e do Grupo Tático Operacional (GTO) realizaram na manhã de ontem, na rua José Ferreira de Lima, no Parque Industrial, em Parnamirim, a segunda maior apreensão de crack do ano. Foram 22 quilos da droga apreendidos em poder de Lenivaldo de Oliveira Vitor, conhecido como Louro, 23 anos, que foi preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma – com ele, havia também uma pistola calibre 380 e mais 27 munições.

Adriano AbreuPolícia apreendeu droga, arma, munições, balança e 
outros materiais usados para distribuir o crackPolícia apreendeu droga, arma, munições, balança e outros materiais usados para distribuir o crack
Segundo a Polícia Militar, caso chegasse a ser comercializada, a droga renderia mais de 22 mil pedras de crack. Além da arma e da droga, que estavam escondidas embaixo da cama do quarto de Louro, a PM encontrou vários produtos químicos, que ainda seriam adicionados ao crack para aumentar a quantidade da droga, e três balanças. “Acreditamos que na casa funcionava não apenas uma boca de fumo, mas também um laboratório para o preparo da droga, que depois seria comercializada em toda a zona Sul da Grande Natal”, afirmou o tenente Augusto Gadelha, do 3º BPM.

SÃO PAULO - Louro já tem passagem pela polícia – um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) por porte ilegal de droga – e disse à Polícia ser viciado em maconha. Segundo ele, a droga teria vindo de São Paulo e havia chegado a Parnamirim há cerca de uma semana. “O acusado contou apenas que tinha ido buscar a droga em uma parada de ônibus, próximo a um supermercado de Parnamirim. A droga foi entregue a ele por uma pessoa não identificada”, afirmou o tenente Gadelha.

Na Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), para onde a droga foi levada, Louro foi classificado como um “guardião” do laboratório. “Ele desdobrava algumas partes da produção, mas não é o líder da quadrilha que, provavelmente, atua em outros Estados também. O nome desse líder, ainda não conseguimos e, dificilmente, o acusado vai falar algo mais do que isso. Ele deve ter medo de retaliações”, afirmou o delegado da Denarc, Odilon Teodósio.

A Polícia Militar conseguiu chegar à droga através de uma denúncia anônima feita há cerca de uma semana.

Apreensões em 2010 atingem mais de 100 quilos

A droga apreendida no Parque Industrial foi a segunda maior apreensão do ano. Antes, no dia 13 de abril, a Polícia Federal apreendeu 30,9 quilos de crack na comunidade Santo Antônio, em São Gonçalo do Amarante, também na Grande Natal. A quadrilha dona da droga era composta por dois potiguares, um paulista e um matogrossense e a droga havia sido transportada da Bolívia para a Grande Natal dentro do tanque de combustível de uma caminhonete S10. Todos foram presos.

Com essas duas apreensões e mais as realizadas durante o ano, as polícias Civil, Federal, Rodoviária Federal e Militar totalizam, aproximadamente, 100 quilos de crack - isso, apesar da Denarc ainda não ter números exatos das apreensões feitas nestes cinco meses. A PF foi a responsável por mais da metade desse total, ao ter apreendido 54,8 quilos em 2010, mais que o dobro dos 26,5 quilos encontrados com traficantes em todo o ano passado.

O crack é resultado da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, originando grãos que são fumados em cachimbos. Atualmente, o consumo dessa droga é maior que o da cocaína, devido ao preço: uma pedra custa, em média, R$ 5. A fumaça produzida pela queima da pedra da droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos.

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