terça-feira, 18 de maio de 2010

Vítimas não reconhecem estuprador

O ex-detento Francisco Damião de Souza, o “Damião de Ladislau”, 33 anos, acusado de ter cometido estupros em Extremoz, não vai responder aos abusos sexuais feitos contras duas irmãs, uma de 14 e outra de 17 anos, no dia 6 de maio, em Nova Natal. Isso porque ele não foi reconhecido por essas duas vítimas.

“Damião de Ladislau” foi preso na noite de terça-feira em uma ação do Grupo Tático Operacional (GTO) e do Batalhão da Polícia Militar de Extremoz. No dia seguinte à prisão, ele foi reconhecido por três mulheres como sendo o homem que abusou sexualmente delas em uma estrada carroçável que liga os conjuntos de São Miguel Arcanjo e Riviera ao Centro de Extremoz. O acusado também era suspeito de ter cometido os abusos às irmãs, mas o envolvimento acabou não sendo confirmado pelas adolescentes.

As duas irmãs foram abusadas por volta das 18h, quando voltavam do colégio onde estudam, em Nova Natal. Elas contaram à Polícia que um homem vestindo camisa branca e bermuda florida se aproximou e, mostrando uma arma, anunciou o assalto. As duas foram levadas para o quintal de uma residência abandonada e lá foram abusadas – e só depois tiveram o celular levado. “Não deu para ver muito bem o rosto dele, mas acredito que seja um tal de ‘Cigano’, que já vi outras vezes por aqui. Ele falou que conhecia a gente e estava nos seguindo há um bom tempo”, afirmou a adolescente de 14 anos.

Apesar de descartada a possibilidade de “Damião de Ladislau” ter abusado das adolescentes, ainda é provável que ele seja o autor de outros estupros. “Estamos em contato com mais duas vítimas estupradas em Extremoz e que foram vítimas de um homem que utilizou o mesmo ‘modus operandi’ do suspeito”, afirmou a delegada Antônia Deusa, da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) e que foi designada especialmente para apurar os casos de violência ocorridos em Extremoz.

Segundo ela, o inquérito referente a esses estupros cometidos na estrada carroçável em Extremoz já está bem avançado e perto da conclusão. “Já ouvimos boa parte das pessoas envolvidas e três mulheres afirmaram ‘com toda certeza’ que ele era o responsável pelos estupros”, contou Antônia Deusa. Das três vítimas, duas afirmaram ter sido abusadas e uma disse que ele tentou, mas não conseguiu, praticar o estupro. “Ela afirmou que conseguiu fugir enquanto ele abusava da irmã dela”, contou a delegada.

Duas jovens são violentadas no fim de semana

Encontram-se foragidos os acusados de cometerem estupros neste fim de semana. Duas jovens foram violentadas. Uma delas na madrugada do sábado (15), em Santarém, na zona Norte da capital e a outra na madrugada do domingo (16), na praia de Búzios, litoral Sul do Estado.

No domingo, por volta das 3h30 da manhã, uma jovem que será identificada como “Fernanda”, 25 anos, formada em direito estava com o namorado em Búzios. Quatro homens armados abordaram o casal e anunciaram o assalto. O rapaz foi agredido fisicamente e a mulher  foi estuprada. A Polícia Militar não soube informar se “Fernanda” foi violentada por mais de um assaltante. Por causa da greve da Polícia Civil não foi possível verificar, por meio, do Boletim de Ocorrência se as vítimas foram abordadas em uma residência ou na praia. Ontem “Fernanda” foi procurada pela reportagem da TN, mas não foi encontrada na casa onde mora, em Parnamirim.

Por volta da 1h30 do sábado (15), a estudante que será identificada como “Sabrina” ouviu bater na porta da casa onde morava sozinha. A jovem de 25 anos pensou que fosse o namorado, ao abrir, dois homens encapuzados e armados invadiram a residência estuprando “Sabrina”, em seguida. Durante cerca de uma hora, a vítima passou momentos de terror nas mãos dos criminosos. A estudante foi violentada por eles. Não satisfeitos, esmurraram a vítima e  chicotearam a jovem várias vezes.

Desnorteada com a violência sofrida, “Sabrina” foi levada para a casa de uma amiga e pretende se mudar do bairro em breve. A vítima registrou ocorrência na Delegacia de Plantão da zona Norte e fez exame de conjunção carnal no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). “Sabrina” preferiu não dar detalhes da violência sofrida.

A psicóloga Jemima Morais Veras explicou que o estupro pode  causar inúmeros traumas em uma mulher. “A vítima pode se sentir invadida, ter medo, insegurança. É um momento em que é necessário ter um apoio e até o acompanhamento de um profissional, um psicólogo, por exemplo”

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