terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Comércio espera alta de 15% no RN

alex régisTíquete médio de compras estimado vai ficar entre R$ 80 e R$ 110Tíquete médio de compras estimado vai ficar entre R$ 80 e R$ 110




A recuperação da economia, o aumento do nível de emprego e a queda de preços de eletroeletrônicos, puxada pela desvalorização do dólar, poderão ajudar o comércio do Rio Grande do Norte a superar em 15% ou mais as vendas realizadas no mesmo período do ano passado e, de olho nas perspectivas de crescimento, o setor já trabalha com horários “elastecidos”. “Teremos um dos melhores resultados para um mês de dezembro dos últimos anos”, estima o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomercio), Marcelo Queiroz. Outras entidades ligadas ao setor e shoppings fazem coro e esperam recorde no volume comercializado nesse período.

Tradicionalmente, dezembro é o melhor mês de vendas para o varejo. O período, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal, chega a representar 40% do faturamento do ano para algumas empresas. “O Natal é o período mais esperado e como em todas as datas promocionais este ano houve crescimento na comparação com 2009, as expectativas são as melhores possíveis”, diz o superintendente da CDL, Adelmo Freire, estimando movimento mais aquecido em setores tradicionais como o de vestuário e também no de produtos como Tvs, beneficiados com o enfraquecimento do dólar frente ao Real, um dos fatores que influenciam eventuais quedas de preços. “As TVs de LCD deverão estar entre as vedetes”, estima, acrescentando que a demanda nas lojas começou a se intensificar desde a semana passada.

O cenário econômico favorável e a liberação de dinheiro extra nessa época, com o 13º salário que terminou de ser pago ontem no setor privado, estão entre os aliados dos lojistas para vender mais no período, mas não são os únicos motivos. Para dar conta de tanta gente ávida por consumir, o comércio abre as portas mais cedo e fecha mais tarde (veja os horários no quadro). E, com mais tempo para pesquisar e escolher, é difícil não gastar mais, diz Marcelo Queiroz, da Fecomercio. Outra razão para que o setor espere crescimento este ano é o aumento do número de lojas em operação, dentro e fora dos shoppings.

Recorde

Números divulgados até agora por alguns empreendimentos confirmam o otimismo. O Norte Shopping, primeiro shopping center instalado na Zona Norte da capital, divulgou ontem, por exemplo, que espera um crescimento de 35% nas vendas este mês, em relação ao mesmo período do ano passado, puxado, entre outros fatores pela expansão do número de lojas em operação. O crescimento do “mix” também deverá ser uma das alavancas para os resultados do Praia Shopping, que opera na Zona Sul e projeta um crescimento de 25%, na comparação com 2009.

“Só este ano tivemos a inauguração de 14 novas operações, com investimento em torno de R$ 5 milhões”, diz a gerente de marketing do empreendimento, Danielle Leal. “As pessoas estão confiantes de que o próximo ano será um ano de crescimento e estão realmente consumindo e investindo”, continua. Os números estimados pelo setor no estado superam as expectativas da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). A associação prevê um crescimento de 12% nas vendas, ante o mesmo período de 2009.

Presidente Lula pede cautela na hora das compras de Natal

São Paulo (AE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem aos brasileiros cautela nas compras de final de ano. No seu programa semanal de rádio “Café com o Presidente”, Lula exaltou os números da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que mostra a menor taxa de desemprego do País nos últimos oito anos, de 5,7%. Para Lula, os dados mostram que o país está em padrão de “pleno emprego”.

Responsabilidade

Apesar de comemorar os dados do IBGE, o presidente pediu que as pessoas aproveitem e comprem o que quiserem neste final de ano, “mas com muita responsabilidade para não se endividar, porque o mês de janeiro é sempre muito pesado, por isso é importante não perder o senso de responsabilidade nas nossas compras”.

E complementou: “Comprar, fazer a dívida necessária, mas sabendo que a gente precisa ter um 2011 tranquilo, portanto, não vamos passar 2011 apertado, apenas pagando o que a gente gastou em 2010. Vamos gastar o suficiente para não atropelar a esperança e o futuro de todos nós.”

Shoppings divulgam dados do fim de semana antes do Natal

O clima de Natal, aliado à estabilidade da economia nacional, refletido por uma grande facilidade de crédito, somada à presença do 13º salário já no bolso da maioria dos brasileiros, foram alguns dos fatores que levaram milhões de consumidores aos 725 shoppings de todo o país neste último fim de semana antes da data de Papai Noel.

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a partir de análise feita junto a mais de 20 empreendimentos de todo o Brasil, constatou que, somente nestes últimos três dias, houve um crescimento de 20% no público dos centros de compras, resultando em um avanço de 15% nas vendas, comprovando a boa fase que o varejo do setor vive no Brasil.

A Associação aponta ainda que, após nova pesquisa feita para o Natal no último dia 15 de dezembro, foi observado um pequeno aumento no porcentual de expectativa de vendas, saltando do inicial 12% para aproximadamente 13%.

Com tíquete médio estimado entre R$ 80 e R$ 110, os lojistas se prepararam bem para atender a esta demanda maior de clientes, sendo que cada um, estando em situação financeira estável, tende a comprar cerca de 20 presentes, entre itens de pequeno, médio e grande valor econômico para familiares e amigos.

E como em todo o Natal, a preferência nos itens apresenta-se bastante abrangente, como brinquedos diversos para a criançada, sem deixar de lado para as atuais tecnologias, como celulares, videogames, iPods, entre outros. Já para os adultos, e ainda na seara da tecnologia, destaque para as tevês de LCD e plasma; câmeras digitais; a convencional linha de vestuário masculina e feminina; calçados; entre outros produtos.

Por segmentos varejistas, a Alshop aponta as seguintes projeções de vendas: vestuário masculino e feminino (10%); livrarias, CDs e DVDs (14%); perfumaria e cosméticos (17%); brinquedos (13%); calçados (9%); moda esportiva (9%); eletroeletrônicos (14%); joalherias e relojoarias (9%); móveis e decoração (8%) e supermercados (11%).

“O mercado de shoppings caminha a passos largos neste período pós-crise, e a tendência é de que as principais datas do varejo, como o Natal, apresentem desempenhos cada vez mais positivos, pois a confiança dos varejistas e consumidores aumenta a cada dia, além do estímulo recebido pelos empreendedores de shoppings, o que resulta em investimentos cada vez mais consistentes para o setor”, comenta o presidente da Associação, Nabil Sahyoun.

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