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Presidenta eleita Dilma Rousseff define mais sete nomes para a equipe de auxiliares do primeiro escalão

Brasília (AE) - A presidenta eleita, Dilma Rousseff, divulgou no início da noite de ontem os nomes de mais sete ministros que integrarão sua equipe de governo. Conforme adiantou a Agência Estado, a produtora cultural Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, será a nova ministra da Cultura. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também foi confirmado no Ministério da Saúde. Foi uma solução política e caseira, diante da impossibilidade de indicar um técnico expoente da área médica para a pasta, como era o desejo de Dilma. Com isso, o PT retorna ao comando da Saúde, pasta que nos últimos anos foi administrada pelo PMDB.
Outras duas vitórias partidárias são: a permanência de Orlando Silva no Ministério dos Esportes, para satisfação do PCdoB, e a nomeação do ex-líder do PP deputado Mário Negromonte para o Ministério das Cidades. Além do aval da bancada federal do PP, Negromonte ainda tem o apoio de um conterrâneo petista, o governador da Bahia, Jaques Wagner.
O PCdoB travou uma queda de braço com a própria Dilma, que desejava nomear uma mulher para o Ministério dos Esportes. O nome da ex-prefeita de Olinda Luciana Santos (PCdoB) foi cogitado, mas a Executiva nacional do partido apelou à petista pela manutenção de Orlando Silva. O argumento é de que ele adquiriu expertise à frente do cargo para comandar os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016
Além de Ana de Hollanda, Dilma emplacou mais duas mulheres na Esplanada: a economista e assessora da Casa Civil Tereza Campello no Ministério do Desenvolvimento Social - responsável pela gestão do programa Bolsa Família -, e a socióloga Luiza Helena de Bairros na Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial.
A petista também manteve o advogado Luis Inácio Adams no cargo de Advogado-Geral da União, que tem status de ministro. Com os anúncios desta noite, somam 30 os nomes confirmados para o ministério do futuro governo Dilma. Se ela mantiver o desenho ministerial do governo Lula, faltam sete nomes a serem anunciados.
Um dos impasses na conclusão do ministério envolve os indicados do PSB para assumirem, provavelmente, o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria dos Portos. O deputado Ciro Gomes (PSB) continua cotado para reassumir a Integração. Dilma reuniu-se nesta tarde com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. O outro envolve o sucessor de Padilha na pasta das Relações Institucionais. No momento, o nome mais forte para sucedê-lo é o do ex-líder do PT deputado Luiz Sérgio (RJ).
Um dos impasses na conclusão do ministério envolve os indicados do PSB para assumirem, provavelmente, o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria dos Portos. O deputado Ciro Gomes (PSB) continua cotado para reassumir a Integração. Dilma reuniu-se nesta tarde com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. O outro envolve o sucessor de Padilha na pasta das Relações Institucionais. No momento, o nome mais forte para sucedê-lo é o do ex-líder do PT deputado Luiz Sérgio (RJ).
Ministério de Dilma
Ministros anunciados ontem:
- Alexandre Padilha - Ministério da Saúde
- Ana de Hollanda - Ministério da Cultura
- Tereza Campello - Ministério do Desenvolvimento Social
- Mário Negromonte - Ministério das Cidades
- Luíza Helena de Bairros - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
- Orlando Silva Jr. - Ministério do Esporte
- Luís Inácio Lucena Adams - Advocacia Geral da União (AGU)
Anunciados anteriormente:
- Antônio Patriota (sem partido): Relações Exteriores
- Nelson Jobim (PMDB): Defesa
- Fernando Pimentel (PT): Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
- Aloízio Mercadante (PT): Ciência e Tecnologia
- Edison Lobão (PMDB-MA): Ministério das Minas e Energia
- Wagner Rossi (PMDB-SP): Ministério da Agricultura
- Pedro Novais (PMDB-MA): Ministério do Turismo
- Garibaldi Alves (PMDB-RN): Ministério da Previdência
- Moreira Franco (PMDB-RJ): Secretaria de Assuntos Estratégicos
- Ideli Salvatti (PT-SC): Ministério da Pesca
- Maria do Rosário (PT-RS): Secretaria de Direitos Humanos
- Paulo Bernardo (PT-PR): Ministério das Comunicações
- Alfredo Nascimento (PR-AM): Ministério dos Transportes
- Helena Chagas (sem partido): Secretaria de Comunicação Social
- Antônio Palocci (PT-SP): Casa Civil da Presidência
- Gilberto Carvalho (PT-SP): Secretaria-Geral da Presidência
- José Eduardo Cardozo (PT-SP): Ministério da Justiça
- Guido Mantega (PT-SP): Ministério da Fazenda
- Miriam Belchior (PT-SP): Ministério do Planejamento
- Alexandre Tombini (sem partido): presidência do Banco Central
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