terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dilma divulga sete novos ministros

wilson dias/abrPresidenta eleita Dilma Rousseff define mais sete nomes para a equipe de auxiliares do primeiro escalãoPresidenta eleita Dilma Rousseff define mais sete nomes para a equipe de auxiliares do primeiro escalão



Brasília (AE) - A presidenta eleita, Dilma Rousseff, divulgou no início da noite de ontem os nomes de mais sete ministros que integrarão sua equipe de governo. Conforme adiantou a Agência Estado, a produtora cultural Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, será a nova ministra da Cultura. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também foi confirmado no Ministério da Saúde. Foi uma solução política e caseira, diante da impossibilidade de indicar um técnico expoente da área médica para a pasta, como era o desejo de Dilma. Com isso, o PT retorna ao comando da Saúde, pasta que nos últimos anos foi administrada pelo PMDB.
Outras duas vitórias partidárias são: a permanência de Orlando Silva no Ministério dos Esportes, para satisfação do PCdoB, e a nomeação do ex-líder do PP deputado Mário Negromonte para o Ministério das Cidades. Além do aval da bancada federal do PP, Negromonte ainda tem o apoio de um conterrâneo petista, o governador da Bahia, Jaques Wagner.

O PCdoB travou uma queda de braço com a própria Dilma, que desejava nomear uma mulher para o Ministério dos Esportes. O nome da ex-prefeita de Olinda Luciana Santos (PCdoB) foi cogitado, mas a Executiva nacional do partido apelou à petista pela manutenção de Orlando Silva. O argumento é de que ele adquiriu expertise à frente do cargo para comandar os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016

Além de Ana de Hollanda, Dilma emplacou mais duas mulheres na Esplanada: a economista e assessora da Casa Civil Tereza Campello no Ministério do Desenvolvimento Social - responsável pela gestão do programa Bolsa Família -, e a socióloga Luiza Helena de Bairros na Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial.

A petista também manteve o advogado Luis Inácio Adams no cargo de Advogado-Geral da União, que tem status de ministro. Com os anúncios desta noite, somam 30 os nomes confirmados para o ministério do futuro governo Dilma. Se ela mantiver o desenho ministerial do governo Lula, faltam sete nomes a serem anunciados.

Um dos impasses na conclusão do ministério envolve os indicados do PSB para assumirem, provavelmente, o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria dos Portos. O deputado Ciro Gomes (PSB) continua cotado para reassumir a Integração. Dilma reuniu-se nesta tarde com o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos. O outro envolve o sucessor de Padilha na pasta das Relações Institucionais. No momento, o nome mais forte para sucedê-lo é o do ex-líder do PT deputado Luiz Sérgio (RJ).

Ministério de Dilma

Ministros anunciados ontem:

- Alexandre Padilha - Ministério da Saúde

- Ana de Hollanda - Ministério da Cultura

- Tereza Campello - Ministério do Desenvolvimento Social

- Mário Negromonte - Ministério das Cidades

- Luíza Helena de Bairros - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial

- Orlando Silva Jr. - Ministério do Esporte

- Luís Inácio Lucena Adams - Advocacia Geral da União (AGU)

Anunciados anteriormente:

- Antônio Patriota (sem partido): Relações Exteriores

- Nelson Jobim (PMDB): Defesa

- Fernando Pimentel (PT): Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

- Aloízio Mercadante (PT): Ciência e Tecnologia

- Edison Lobão (PMDB-MA): Ministério das Minas e Energia

- Wagner Rossi (PMDB-SP): Ministério da Agricultura

- Pedro Novais (PMDB-MA): Ministério do Turismo

- Garibaldi Alves (PMDB-RN): Ministério da Previdência

- Moreira Franco (PMDB-RJ): Secretaria de Assuntos Estratégicos

- Ideli Salvatti (PT-SC): Ministério da Pesca

- Maria do Rosário (PT-RS): Secretaria de Direitos Humanos

- Paulo Bernardo (PT-PR): Ministério das Comunicações

- Alfredo Nascimento (PR-AM): Ministério dos Transportes

- Helena Chagas (sem partido): Secretaria de Comunicação Social

- Antônio Palocci (PT-SP): Casa Civil da Presidência

- Gilberto Carvalho (PT-SP): Secretaria-Geral da Presidência

- José Eduardo Cardozo (PT-SP): Ministério da Justiça

- Guido Mantega (PT-SP): Ministério da Fazenda

- Miriam Belchior (PT-SP): Ministério do Planejamento

- Alexandre Tombini (sem partido): presidência do Banco Central

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