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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca acesso dos pobres ao ensino superior

Brasília (AE) - Na última reunião do ano com a Executiva Nacional do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira (20) ao partido que se dedique a três prioridades no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff: reforma política, marco regulatório dos meios de comunicação e programas para a juventude.
“Quero ver quem vai afinar, hein?", disse Lula, segundo relatos de participantes do encontro, quando citou a polêmica proposta de regulamentação da mídia. O projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica ainda não foi enviado ao Congresso, mas já desperta desconfianças sobre o interesse do governo em relação ao controle social da mídia.
Ao abordar o assunto com os petistas, no Palácio da Alvorada, Lula deixou claro que nem ele nem Dilma nunca planejaram censurar a liberdade de expressão. Para o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o marco regulatório “vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica e o atendimento ao direito da sociedade à informação".
Com o mesmo argumento, o futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ao Grupo Estado que o governo não vai vigiar a mídia. “Agora, não é sensato simplesmente achar que a imprensa pode tudo e o cidadão, o político - porque político também é gente - que não tem direito a nada", afirmou Bernardo, hoje titular do Planejamento. A 11 dias de deixar o Palácio do Planalto, Lula também pediu aos companheiros do PT que parem de brigar internamente e também com os outros aliados, principalmente do PMDB, por cargos no primeiro escalão. “A nossa prioridade é o governo Dilma e vocês precisam ajudá-la", insistiu o presidente, de acordo com dirigentes do partido.
Diante da cúpula petista, Lula reafirmou o que já dissera ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu: fora do governo, quer desmontar a "farsa do mensalão" e trabalhar pela reforma política, com financiamento público de campanha. O mensalão foi a maior crise que atingiu o governo Lula, em 2005, e por pouco não resultou no impeachment do presidente.
Presidente vai à UNE e destaca realizações na Educação
No primeiro compromisso da visita de despedida ao Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com estudantes, fez um discurso-exaltação de suas realizações na área da educação, deu conselhos aos jovens e brincou com o aumento do salário de deputados e senadores. O presidente participou do lançamento da pedra fundamental do prédio que abrigará a nova sede da União Nacional dos Estudantes (UNE).
“Um homem que só tem o quarto ano primário foi o presidente que mais fez universidade neste País", disse Lula, depois de lembrar que “meia dúzia de pequenos burgueses" foi contra a implementação de programas que ampliaram o acesso dos pobres ao ensino superior.
Muito bem humorado, Lula lembrou que fazia o “último pronunciamento aos estudantes brasileiros" como presidente. Convidado pelos dirigentes da UNE e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) a participar das manifestações que lançarão a pauta de reivindicações do próximo ano, Lula deu sugestões aos jovens militantes. “É o conselho de um velhinho da terceira idade. Nunca apresentem uma pauta muito difícil de conquistar. É bom para o discurso ideológico, mas para poucos ouvidos ouvirem. Façam uma pauta que acreditem que possam conquistar", recomendou o presidente.
Lula brincou com o senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ), ex-presidente da UNE. “Ele nem tomou posse ainda, mas já está com o dinheiro do auxílio-paletó. Passei oito anos sem aumento. Ele nem tomou posse e já teve aumento para R$ 26 mil. Ele e o Tiririca é que têm sorte", brincou Lula.
Entre os presentes ao lançamento da pedra fundamental, estavam o arquiteto Oscar Niemeyer, de 103 anos, que doou o projeto do novo prédio aos estudantes. O escritório de Niemeyer será agora o responsável pelo projeto técnico, que segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, deve custar cerca de R$ 1 milhão. Na semana passada, o governo federal determinou o depósito de R$ 30 milhões dos R$ 44,6 milhões a que a UNE terá direito como indenização pela destruição da sede da instituição logo depois do golpe militar de 1964.
“Quero ver quem vai afinar, hein?", disse Lula, segundo relatos de participantes do encontro, quando citou a polêmica proposta de regulamentação da mídia. O projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica ainda não foi enviado ao Congresso, mas já desperta desconfianças sobre o interesse do governo em relação ao controle social da mídia.
Ao abordar o assunto com os petistas, no Palácio da Alvorada, Lula deixou claro que nem ele nem Dilma nunca planejaram censurar a liberdade de expressão. Para o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o marco regulatório “vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica e o atendimento ao direito da sociedade à informação".
Com o mesmo argumento, o futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ao Grupo Estado que o governo não vai vigiar a mídia. “Agora, não é sensato simplesmente achar que a imprensa pode tudo e o cidadão, o político - porque político também é gente - que não tem direito a nada", afirmou Bernardo, hoje titular do Planejamento. A 11 dias de deixar o Palácio do Planalto, Lula também pediu aos companheiros do PT que parem de brigar internamente e também com os outros aliados, principalmente do PMDB, por cargos no primeiro escalão. “A nossa prioridade é o governo Dilma e vocês precisam ajudá-la", insistiu o presidente, de acordo com dirigentes do partido.
Diante da cúpula petista, Lula reafirmou o que já dissera ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu: fora do governo, quer desmontar a "farsa do mensalão" e trabalhar pela reforma política, com financiamento público de campanha. O mensalão foi a maior crise que atingiu o governo Lula, em 2005, e por pouco não resultou no impeachment do presidente.
Presidente vai à UNE e destaca realizações na Educação
No primeiro compromisso da visita de despedida ao Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com estudantes, fez um discurso-exaltação de suas realizações na área da educação, deu conselhos aos jovens e brincou com o aumento do salário de deputados e senadores. O presidente participou do lançamento da pedra fundamental do prédio que abrigará a nova sede da União Nacional dos Estudantes (UNE).
“Um homem que só tem o quarto ano primário foi o presidente que mais fez universidade neste País", disse Lula, depois de lembrar que “meia dúzia de pequenos burgueses" foi contra a implementação de programas que ampliaram o acesso dos pobres ao ensino superior.
Muito bem humorado, Lula lembrou que fazia o “último pronunciamento aos estudantes brasileiros" como presidente. Convidado pelos dirigentes da UNE e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) a participar das manifestações que lançarão a pauta de reivindicações do próximo ano, Lula deu sugestões aos jovens militantes. “É o conselho de um velhinho da terceira idade. Nunca apresentem uma pauta muito difícil de conquistar. É bom para o discurso ideológico, mas para poucos ouvidos ouvirem. Façam uma pauta que acreditem que possam conquistar", recomendou o presidente.
Lula brincou com o senador eleito Lindberg Farias (PT-RJ), ex-presidente da UNE. “Ele nem tomou posse ainda, mas já está com o dinheiro do auxílio-paletó. Passei oito anos sem aumento. Ele nem tomou posse e já teve aumento para R$ 26 mil. Ele e o Tiririca é que têm sorte", brincou Lula.
Entre os presentes ao lançamento da pedra fundamental, estavam o arquiteto Oscar Niemeyer, de 103 anos, que doou o projeto do novo prédio aos estudantes. O escritório de Niemeyer será agora o responsável pelo projeto técnico, que segundo o presidente da UNE, Augusto Chagas, deve custar cerca de R$ 1 milhão. Na semana passada, o governo federal determinou o depósito de R$ 30 milhões dos R$ 44,6 milhões a que a UNE terá direito como indenização pela destruição da sede da instituição logo depois do golpe militar de 1964.
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